Comecemos o Ano Novo perdoando e sendo perdoado…..

Quando o amor restaura.

O que é o Perdão?

A palavra grega traduzida como “perdoar“ significa literalmente cancelar ou remir. Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um débito financeiro.

Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual. Até Jesus usou esta linguagem figurativa quando ensinou aos discípulos como orar: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores“ (Mateus 6:12).

Uma pessoa se torna devedora quando transgride a lei de Deus (1 João 3:4).

Cada pessoa que peca precisa suportar a culpa de sua própria transgressão (Ezequiel 18:4, 20) e o justo castigo do pecado resultante (Romanos 6:23). Ele ocupa a posição de pecador aos olhos de Deus e perde sua comunhão com Deus (Isaías 59:1-2; 1 João 1:5-7).

Como ser perdoado? Se me arrepender agora, o Senhor me perdoa?

SIM! (Jeremias 31:34). Deus está sempre pronto a perdoar e fica feliz ao fazer isso, pois deu o seu Filho unigênito – Jesus Cristo, para isso. (João 3:16)

Leia em sua Bíblia: A parábola do filho pródigo em Lucas 15:11-32.

O que acontece quando recebo o perdão?

Começa a experimentar o amor de Deus (beijos e abraços), vida nova e santa (roupas), autoridade (anel), liberdade para viver (sandálias), muita comunhão (festa), certeza da vida eterna, etc.

O perdão precede cura e a maravilhosa vida de Cristo (João 10:10b).

Mas, é bom lembrar que o perdão não é a remoção das conseqüências temporais de nosso pecado. O homem que assassina outro pode arrepender-se e procurar o perdão, mas ainda assim sofrerá o castigo temporal da lei humana. Mesmo se perdoado, pode ter que passar o resto de sua vida na prisão. O perdão remove as conseqüências eternas do pecado.

O que acontece se recuso o perdão?

Continuo impuro, separado do amor de Deus, sem vida verdadeira, sem autoridade, sem liberdade, escravo do pecado, sem comunhão com Deus, sujeito a enfermidades, tormentos, em horrível expectação de juízo (Hebreus 10:26).

O que preciso fazer para ser perdoado?

1. Precisa reconhecer que é pecador e querer ser perdoado (Lucas 18:13-14). Como Deus vai perdoar alguém que não reconhece que é pecador e quer ser perdoado? É o arrependimento (Atos 2:38). A escritura diz que “sem arrependimento” não há remissão de pecados, pois o arrependimento é o desejo de mudança de vida (Lucas 3:8, Atos 26:20).

2. Confessar os pecados (Mateus 3:6). Quando reconhecemos a culpa e confessamos, recebemos o perdão como o Rei Davi recebeu (Salmos 32:5) e como João ensinou (1João 1:9).

3. Deixar os pecados (Provérbios 28:13). Se quisermos ser perdoados, além de confessar devemos ter o propósito de não mais pecar (João 8:11).

4. Um outro requisito muito importante é perdoar. A quem? A TODOS QUE NOS OFENDERAM, inclusive a nós mesmos. O perdão que recebemos só permanece se perdoarmos os que nos ofenderam (Mateus 6:14-15), lembrando que Cristo nos perdoou (Efésios 4:32). Leia também Mateus 18:21-35.

Finalmente devemos pedir perdão e perdoar em nome de Jesus. Porque? Porque o pecado é um débito que nós não podemos pagar, mas Jesus pagou na cruz por nós.

O crédito pertence a Ele e só Ele pode nos dar este crédito. N’Ele, Deus o Pai, pode nos perdoar completamente, mantendo sua justiça (Mateus 1:21; 1 João 2:12).

No passado, quando alguém pecava, levava um cordeiro sem defeito ao sacerdote, impunha as mãos sobre ele, confessava o pecado e o matava, derramando o sangue no altar. Saía feliz por haver pago o pecado através do derramamento de sangue justo. Mas isso era apenas uma figura, pois sangue de animais não pode remir o ser humano.

Mas Jesus, sendo Deus, se fez humano e como o cordeiro do passado derramou seu sangue justo e levou sobre si no madeiro, todos os nossos pecados (Isaías 53:4-5).

Que oportunidade maravilhosa Deus nos dá. Não é necessário tentar entender este grande mistério, mas crer que Deus fará o que prometeu àquele que receber pela fé o sacrifício de seu Filho Jesus. Por este e muitos outros motivos devemos refletir sobre o nosso ano que termina e como deveremos caminhar neste novo ANO QUE COMEÇA. Paz e bem

Os números de 2014

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2014 deste blog.

Aqui está um resumo:

A sala de concertos em Sydney, Opera House tem lugar para 2.700 pessoas. Este blog foi visto por cerca de 8.600 vezes em Se fosse um show na Opera House, levaria cerca de 3 shows lotados para que muitas pessoas pudessem vê-lo.

Clique aqui para ver o relatório completo

Quando oramos com o coração, temos a certeza que nossa oração se concretiza.

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Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá. Mq 7.7

O capítulo sete de Miqueias expõe uma situação angustiante do profeta, que, em nome de Deus, faz várias advertências ao povo que não se arrepende dos erros.

O profeta chega a exagerar a sua nota de repugnância contra a nação quando diz: “Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede. As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, a grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama. O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos”. Mq 7.2-4 […].

O certo é que o profeta pregou contra esses comportamentos inadequados, mas nada mudou; então ele olha para si e desabafa; “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá. ”

Desabafo ou oração? Se olharmos para o ministério do profeta, realizado em nome de Deus sem ver resultado positivo (resultado esse esperado por todo pregador da palavra), podemos imaginar que ele fez um desabafo mais ou menos assim: “Eu fiz o que pude, o povo vai ser punido porque quer, porque não quis ouvir a Palavra de Deus. Fiz minha parte”.

Quando vejo o texto como uma oração após a cansativa jornada sem sucesso visível aos olhos humanos, encontro profundo discernimento do profeta entre sua missão e sua segurança em Deus. Ele entende que de sua parte a missão está cumprida e o resultado pertence a Deus, daí sua oração: “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.”

Que lições podemos extrair dessa oração?

Os resultados que almejamos e não acontecem não podem tirar a nossa intimidade com Deus.

Miqueias tem pronto relacionamento com Ele e fixa seu olhar de esperança no Soberano Pai.

Outro ponto elogiável em Miqueias é sua pronta declaração de esperança na misericórdia salvadora de Deus. Ele crê que o Deus gracioso consegue diferenciar o certo do errado, então ele pode esperar no Deus da sua salvação. Outra virtude de Miqueias está em saber que Deus o ouve. Ele não corre de imediato atrás do psicólogo. Ele apresenta sua frustração ao Deus que ouve e tem todo tempo para ouvir os angustiados sem culpas. Digo sem culpa porque o lamento dele era porque o povo não se arrependeu, e não porque ele não pregou a Palavra. Ele fez a parte dele.

O nosso tempo é de correria. Algumas pessoas carregam grande carga de idoneidade e outras não estão preocupadas com essa qualidade. A proclamação profética é desprezada por boa parte da sociedade, e a abominação é aprazível a um grande número de pessoas.

Quem tem a mesma preocupação de Miqueias deve também ter a mesma postura nas angústias por falta de resultados favoráveis e visíveis. Deve orar sabendo que Deus está pronto para ouvir o desabafo de um homem ou mulher de Deus em oração.

 

Paz e bem

Porque é tão complicado se deixar descansar nas braços de Deus ?

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Descansar na soberania de Deus talvez seja nosso maior desafio.

Quero todos os dias acreditar no fato de que nada foge ao controle de Deus, pois todas as coisas foram por Ele criadas e cooperam para o bem daqueles que O amam.

Seu controle é total sobre todas as coisas, principalmente sobre aquelas que, pelas minhas falhas e até incredulidade, inundam minha alma em um poço de insegurança e temor.

Quero impregnar meu ser com a fé que torna o desemprego, a frustração, a tristeza, o medo, a doença, apenas um estágio que antecede todo bem que Deus preparou pra mim, pois seus pensamentos para mim são pensamentos de paz e não de guerra.

Deposito em suas maõs meus medos que são trocados pela confiança da vitória, que independe dos bens, do emprego, da cura, e dá tão chamada realização pessoal, pois a minha alegria vem em saber que só o fato de poder entrar na presença do Deus criador de todas as coisas, que se fez homem e morreu na cruz só por amar, já me completa não só neste mundo, mas por toda eternidade.

 

Paz e bem

Na Roça

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A roça é outro mundo
mais extenso, mais profundo,
recheado de carinho.
O menino na estrada
é poesia encantada,
caminha feliz e sozinho.

Lá tem rios e montanhas
e tem belezas tamanhas
que nem consigo contar.
Lá o mundo é espaçoso,
colorido e formoso,
é gostoso passear.

Lá tem a roça de milho,
a mãe levando o filho
de manhã para a escola.
Um bando de passarinhos
vão cantando alegrinhos,
e o homem se consola.

A roça tem o seu jeito,
lá quase tudo é perfeito,
tudo passa devagar.
O homem celebra a terra,
lá não se fala em guerra,
não é preciso brigar.

O trabalho é a meta
do avô, também da neta,
dos filhos e de seus pais.
Lá a terra é lavrada,
lá se usa a enxada,
são unidos os casais.

A roça é diferente,
tudo é simples e contente,
sem luxo, sem desperdício.
Lá o povo se entende,
vive junto, não se ofende,
não tem lugar para o vício.

 

  

 

Porque precisamos do deserto ?

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Não é sem motivo que Deus, logo após libertar o povo da escravidão no Egito, os conduziu para o deserto. A passagem pelo deserto era necessária para ajudá-los a deixar para trás a mentalidade da escravidão e a compreender a nova liberdade que Deus lhes estava oferecendo. Quando damos o nosso sim a Deus, ele sempre nos conduz ao deserto.

O nosso deserto não é igual ao das areias do Neguev ou do Saara. Nosso deserto é o lugar onde somos levados a refletir sobre nossas ilusões, as expectativas infantis que nos mantêm alienados, inclusive de pessoas que amamos; os medos que mascaramos ou sublimamos em nossa busca frenética por realização e entretenimento. No deserto, não temos um caminho claro e seguro, nenhuma distração, nada que nos excite. Nele, o futuro é incerto, nos vemos vulneráveis e fragilizados, e experimentamos a força das trevas interiores do medo.

Por outro lado, o deserto é o lugar do encontro com Deus, da rendição do orgulho e da ilusão de sermos senhores do nosso destino. É o lugar da companhia divina, do silêncio diante de Deus, onde a quietude nos ajuda a reconhecer a presença dele. O silêncio que nos torna mais atenciosos à voz de Deus. Para sermos livres, precisamos nos afastar, por um tempo, do mundo dos homens para entrarmos, a sós, no mundo de Deus. Um tempo no qual as paixões, tensões, pressa, vão, lentamente, cedendo espaço para percebermos a realidade à luz da eternidade e restabelecermos o valor correto das coisas. No deserto, reduzimos nossas necessidades àquilo que é essencial. 

A enfermeira americana Bronnie Ware escreveu um livro sobre os “cinco maiores arrependimentos ou lamentos de pacientes terminais”. Depois de acompanhar por vários anos estes pacientes, ela listou aquilo que eles gostariam de ter feito e não fizeram, como: ter mais tempo para os amigos e não ter trabalhado tanto. O deserto deles trouxe uma outra dimensão de suas reais necessidades.

Na solidão do deserto, descobrimos a suficiência da graça de Deus. Teresa de Ávila (1515–1582) descreveu num poema sua experiência no deserto:

Nada te perturbe,
Nada te espante.
Tudo passa.
Deus não muda.
A paciência tudo alcança.
Quem tem a Deus,
Nada lhe falta.
Só Deus basta.

Nossa necessidade primeira é Deus. De tudo o que aprendemos no deserto, a lição mais importante é que aquilo de que mais necessitamos encontramos na comunhão com Deus. A experiência do deserto nos conduz ao autoesvaziamento, ao desapego dos ídolos que nos oferecem a falsa segurança, e à completa submissão a Deus e aos seus caminhos. Aprendemos a ver a vida desde a perspectiva da eternidade, o que nos ajuda a colocar em ordem nossos valores.

A verdadeira liberdade nasce do deserto. Foi no deserto que Jesus reafirmou a identidade dele e seguiu livre para realizar a missão dele em obediência ao Pai. Não precisou usar nenhum artifício para se autopromover. Foi livre para fazer o que tinha de fazer, assumir a cruz e, no fim, morrer. O deserto nos liberta dos falsos deuses, das mentiras e ilusões que nos fazem pessoas controladoras e manipuladoras. Rompe com a falsa sensação de que temos controle sobre o nosso destino. O deserto nos torna pessoas mais verdadeiras, livres, e mais conscientes de nossa total dependência de Deus.

Paz e bem

Mais que ir a Igreja é preciso ser Igreja

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O que vem a ser templo? Diante um mundo pós-moderno repleto de relativismo onde o que é pode não ser e o que parece não ser pode ser, corremos o risco de pensar estar indo a um lugar e encontrar outro. Como alguém que sempre esteve em contato com um açougue e como que pela força do hábito chega ao rotineiro local para pedir um quilo de carne e só encontra peixe. Mas aqui sempre fora um açougue? Pergunta o cliente. Tem placa de açougue, jeito de açougue, açougueiros, mas, agora, o que encontro para consumo é peixe? De imediato responde o dono do estabelecimento. O nome é açougue, porém a partir de hoje só estaremos vendendo peixe, entende?

O relativismo tem encontrado um solo fértil em nossa sociedade fazendo com que conceitos indiscutivelmente firmados percam a sua robustez adquiridas por anos em detrimento ao relativo que se apodera de uma verdade particular de cada um de nós. O rompimento com o passado em detrimento a um presente livre de preconceitos que na visão de muitos não tem problema algum trocar açougue por peixaria, sem perder o nome de açougue, quebrando o estigma de que açougueiro vestido de açougueiro, dentro de um açougue pode sem problema algum vender peixe sem ser chamado de peixeiro, mantendo o rótulo de açougueiro, mesmo vendendo peixe, sem trocar a placa de açougue por peixaria, pois na sua visão vender peixe em lugar de carne dentro de um açougue faz com que o açougue não necessariamente seja uma peixaria, continua sendo um açougue.

Grande tem sido o apelo ao relativo em inúmeras questões. Ao olhar uma mulher ou um homem, diante o relativo, pode ser que o homem não seja homem, ou a mulher não seja mulher, ou que o pai seja mãe, ou a mãe pai e, com isto, novos padrões de famílias relativas se formem dentro de conceitos que outrora eram considerados improváveis.
Torna-se preciso ter certeza e convicção de quem nós somos. Somos aquilo o que somos ou aquilo o que o relativo diz que somos? Na verdade, se tudo é relativo, até o relativo deixa de ser relativo, criando em si um absoluto por afirmar que tudo é relativo. Diante esta constatação faz-se necessária uma análise a partir de algo que possamos confiar, pois se um mesmo objeto sendo fruto de diferentes verdades, nunca chegará a uma conclusão de senso comum, mas a uma verdade pluralizada.

Ao fazer parte de uma igreja, precisamos saber se estamos trocando os propósitos do ambiente eclesiástico sem remover a placa da fachada escrita igreja. Tem sido muito comum entrar em igrejas e não encontrar aquilo o que estamos procurando. Assim como narramos a pouco, pensando encontrar carne no açougue, encontramos peixe. Estaria a igreja em sua grande maioria relativizando suas funções? Aquela que fora chamada para iluminar e temperar agora estaria preocupada com outros assuntos? O que procuramos quando vamos a igreja? O que encontramos quando vamos a igreja? Igreja não é clube. Igreja não é discoteca. Igreja não é casa de investimentos. Igreja não é objeto de enriquecimento. Igreja não é lugar de comércio. Igreja é casa de Oração!!! Adoração coletiva. Lugar onde Deus fala e nós escutamos. Lugar onde encontramos afeto, carinho, amor, paz, alegria, cura e salvação. Diante a imperativa e concluída restauração do templo que agora não mais pode ser construído por mãos humanas [Marcos 14:58], antes de ir ao templo, e esperar que o templo seja templo, precisamos ser templo. É tempo de viver como templo, para que o ajuntamento dos muitos templos seja verdadeiramente reconhecido como lugar de oração, adoração e proclamação coletiva de que só o Senhor é Deus. Que em tempo de pós modernidade a igreja continue sendo igreja. Que não encontremos peixe no lugar que se espera encontrar carne. Que possamos encontrar nas mais diversas igrejas espalhadas sobre a face da terra, aquilo o que estamos buscando, Jesus Cristo o nosso Senhor e Salvador.

Paz e bem

Aleluia ! A noiva está sendo preparada.

Se agrupados, os motivos de preocupação e angústia com a Igreja nos dias atuais produziriam uma lista mais extensa que as 95 teses expostas por Lutero em 1517. O constrangedor mercantilismo da fé; a frenética busca por pomposos títulos ministeriais; a manipulação da política eclesiástica para satisfações pessoais; o desinteresse pela missão e a intencional distorção dos textos bíblicos são apenas alguns — entre muitos — motivos de agonia ao olhar para a Igreja de hoje. É momento de quebrar o coração e buscar o Senhor para um sério compromisso de vida, renovo de alma e fidelidade no trato com as Escrituras. Grandes motivos de celebração! Há, porém, grandes motivos para celebração! Espantosamente, a Igreja tem crescido nos lugares mais improváveis — como Índia, Etiópia, Filipinas, China e Nigéria1 — e em todo canto há uma busca cada vez mais intensa pela Palavra de Deus. Milhares de anônimos levam diariamente a mensagem de Cristo para as ruas, escritórios, universidades, cidades e campos em todo o mundo. A Bíblia está traduzida, parcial ou totalmente, em mais de 2.500 línguas.2 O evangelho no Brasil tem sido anunciado, de forma crescente, entre os que pouco ouviram — como indígenas, ribeirinhos, quilombolas, ciganos, sertanejos, imigrantes e surdos –, além de invadir as grandes e médias cidades. Em todo o mundo, mais de 120 milhões de cristãos vivem e perseveram em regiões hostis à sua fé.3 O impressionante milagre da conversão se dá em incontáveis vidas todos os dias. Em 1900 havia 100 milhões de protestantes no mundo e a projeção para 2050 é de quase 700 milhões. Louvado seja o Cordeiro, que tem preparado a sua noiva para o grande dia! Em 2012, empreendi uma viagem de pesquisa missionária ao longo do rio Solimões a partir de Manaus, no Amazonas. Durante seis dias, subimos o rio até a fronteira com a Colômbia em uma época de grande alagamento. Nos primeiros três dias, não encontramos sequer uma comunidade, fosse de palafita ou construída em terra firme, que não estivesse embaixo d’água. As populações se refugiaram nas cidades maiores e algumas poucas famílias tentavam subsistir em suas próprias casas em meio ao alagado. Parando em diversas comunidades, encontramos lamento e choro, além de grande frustração. Haviam perdido suas casas, roças e animais — e também a esperança. No fim do segundo dia de viagem, avistamos uma casa sobre palafitas também coberta pela água até o meio das janelas. Três faces apareceram e, para a minha surpresa, estavam sorridentes. Parando a voadeira, equilibrei-me em algumas pranchas para entrar naquela casa. Em um canto da sala haviam construído um esteio de madeira que era elevado à medida que o rio subia. A família, formada por cinco pessoas, se apinhava naquele pequeno quadrado, onde também atavam suas redes e mantinham as panelas, além de um pequeno fogão e um saco de farinha. Expressei minha admiração por encontrá-los sorridentes, ao que rapidamente mencionaram ter encontrado Jesus no ano anterior — e haviam concluído o momento devocional da família justamente quando chegávamos. O marido mencionou que estudavam naquela manhã sobre a bondade de Deus e estavam se lembrando dos muitos motivos de louvor, como a vida, a família e a salvação. A esposa completou: “E também o rio, que o Senhor segurou no limite”, não permitindo perderem a vida. Saí daquela casa agradecendo a Deus pelo testemunho, pois nenhuma tragédia será maior do que a sua bondade em nossas vidas. E pela Igreja, que apesar das inundações e lutas, segue caminhando. Nossa natureza é Cristo Vemos no Novo Testamento que a Igreja foi um resultado direto da vida e dos ensinos de Jesus Cristo, portanto tem o seu DNA. Em Atos, lemos que a Igreja era koinônica (orientada pela comunhão dos santos), kerygmática (proclamadora do nome de Jesus), martírica (vivia segundo a sua fé), proséitica (cultivava a oração), escriturística (amava e seguia a Palavra de Deus), diácona (servia com amor aos necessitados), poimênica (pastoreava o povo) e litúrgica (cuja vida era a adoração ao Pai).4 Essa é a nossa identidade, quem somos em Cristo Jesus. E a nossa natureza. Apesar das provações, perseguições, escândalos e esfriamento, sempre seremos atraídos de volta às raízes, que a Palavra tão bem apresenta:5 A Igreja é um grupo de redimidos, originada por Deus e pertencente a Deus, portanto formada por uma multidão de servos e um só Senhor (1Co 1.1-2). A Igreja não é uma sociedade alienante. Os que foram redimidos por Cristo continuam sendo homens e mulheres, pais e filhos, fazendeiros e comerciantes chamados para viver o evangelho no mundo e não longe dele (Mt 10). A Igreja é uma comunidade sem fronteiras. Portanto, fatalmente missionária. É chamada a proclamar Jesus perto e longe — e fazer discípulos (Rm 15.18-19). A Igreja é chamada para viver Cristo e não apenas compreendê-lo. Quando orientada pelas Escrituras e comprometida com Jesus, ela se torna um grande testemunho para o mundo (Gl 2.20). A Igreja é Igreja quando segue a Palavra. Perseverar na doutrina dos apóstolos implica compreensão e vida — compreender a Palavra de Deus com fidelidade e aplicá-la em nossa vida diária (At 2.42). A Igreja tem como propósito maior glorificar a Deus. Este é o nosso chamado e para tanto é preciso nos desglorificarmos. Devemos lembrar-nos de que nossa primeira missão é morrer (1Co 6.20; Rm 16.25-27). Somos chamados para a perseverança A Palavra de Deus exorta-nos a perseverar. Aos Efésios, Paulo afirma que devemos ser fortalecidos no Senhor (6.10) para não cair nas ciladas do diabo (v. 11), resistir no dia mau (v. 13) e proclamar o evangelho (v. 19). O termo “resistir” é tradução de uma palavra grega frequentemente usada para uma estaca bem fincada que, após os ventos e chuvas, permanece firme. Alguns anos atrás, rascunhei um exercício espiritual para sermos uma Igreja fortalecida, o qual partilho a seguir: — Preocupar-nos um pouco menos com as loucuras feitas em nome de Cristo e um pouco mais com o nosso próprio coração para que não venhamos a ser desqualificados. — Seguirmos os desejos do Senhor sabendo que, para isso, quase sempre estaremos na contramão do mundo. — Para cada palavra de crítica à Igreja — autocrítica, se assim quiser — termos uma palavra ou duas de encorajamento. — Ouvirmos com zelo e temor os profetas que nos denunciam o erro, bem como os pastores que nos encorajam a caminhar. — Buscarmos na Palavra de Deus o fortalecimento da fé e o alimento da alma. — Não perdermos de vista Jesus Cristo, Cordeiro vivo de Deus, para que a tristeza advinda das frustrações não nos impeça de experimentar a alegria do Senhor. Somos chamados a seguir caminhando. Lutero lembra-nos de que “esta vida, portanto, não é justiça, mas crescimento em justiça. Não é saúde, mas cura. Não é ser, mas se tornar. Não é descansar, mas exercitar. Ainda não somos o que seremos, mas estamos crescendo nesta direção. O processo ainda não está terminado, mas vai prosseguindo. Não é o final, mas é a estrada. Todas as coisas ainda não brilham em glória, mas todas as coisas vão sendo purificadas”.6 Que o Altíssimo nos encoraje a perseverar até o fim, pois o que nos aguarda é puro esplendor! “Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou” (Ap 19.7). Aleluia! Ronaldo Lidorio

Obrigado SENHOR .

Obrigado Senhor, por colocar cascas na maioria das frutas. Só um pai atencioso, amoroso e totalmente presente faz isso. Obrigado Senhor, pela precisão dos astros no universo. No caso do sol, um pouquinho mais próximo e a terra se incendiaria. Por outro lado, um pouquinho mais distante, congelaríamos. Obrigado por riscar o limite do mar. Obrigado por colocar sementes nos alimentos, abençoando assim todas as gerações. Que mente brilhante, poderosa e generosa a Tua. Obrigado por imprimir no corpo humano, bilhões de bilhetinhos cheios de informações preciosas. A ciência moderna chama de células tais bilhetes. Obrigado por dividir o segredo da vida entre macho e fêmea. Uma maneira carinhosa de unir ambos no “plantil” da vida. Obrigado por “usar” Teu infinito poder através do Teu amor inexplicável, ao ponto de alguns homens sem amor algum, amaldiçoarem os céus achando que não há ninguém do outro. Obrigado pelo pão. Obrigado pela música. O que seria do mundo sem música? Obrigado por amar o mundo de tal maneira… Obrigado por enviar Teu único Filho… Obrigado por nos amar e lutar por nós. Obrigado por me deixar fazer parte de Tua família na terra. Obrigado por todos os meus irmãos. Obrigado por nos ensinar a orar no plural, quebrando a maldição do egoísmo humano. O pão nosso. Perdoe as nossas dívidas. Livra-nos do mal. Tudo pra nos ensinar a dividir as coisas boas da vida. Obrigado, Pai nosso. Paz e bem

Porque nossa Igreja nos decepciona ?

As igrejas no Brasil têm um percentual alarmante de rotatividade entre os membros. É com muita freqüência e, pode-se dizer que já se tornou comum, isto é, aceitável entre os freqüentadores de templos a idéia de pertencer ou não a uma determinada “igreja local” não tem tanta importância. Talvez seja por causa da influência pós-modernista que banaliza tudo que antes se tinha algum apreço. Mas se os motivos parasse somente por ai, nossos problemas seriam consideravelmente bem menores. Há relatos de diferentes motivos pelo qual se comete o êxodo constante. Não há uma preocupação em se migrar para outro templo ou de experimentar algo novo em uma nova denominação deixando lacunas para trás. Queixam-se os líderes que seus membros não têm carinho suficiente para se doar em prol do Evangelho, abrindo mão de seus afazeres como: trabalho, família, lazer e finanças e algo mais que se possa explorar. Queixam-se os membros que seus líderes não lhes dão atenção suficiente ou que os resultados por seus esforços não lhes renderam retornos esperados. Nesta briga entre o martelo e a bigorna está a Igreja Verdadeira, Ela tem sofrido com ataques de saqueadores ideológicos por conta de líderes inescrupulosos que não pregam, mas martelam só pensando em resultados a qualquer custo. Para eles a igreja tem que crescer numericamente em pouco tempo, mesmo que a verdade tenha que ser ocultada ou distorcida. E recebendo o impacto, como se fosse uma bigorna insensível, estão os membros, decepcionados com o sistema religioso, devolvem com a mesma energia – em forma de criticas e abandono – os impactos sofridos nesta batalha cruel que só resulta em morte espiritual. A atual perspectiva do evangelho tem o foco muito diferenciado do que Jesus ensinou a seus discípulos. Esta é a causa de muito sofrimento e decepção no ceio da Igreja. A simplicidade foi envolvida pela sofisticação. Muitos membros se portam como mariposas em vôos circulantes em torno de uma luz que tende se apagar, porque seu brilho não é eterno. A prova disto é que a maioria dos membros decepcionados, é ou foram líderes em algum momento. Ou ainda pessoas que mantiveram contato estreito com algum líder. A escalada da fé deve ser feita de Glória em Glória e não de cargo em cargo. A fama, por menor que seja, pode infra o homem. E a maioria das pessoas não está preparada para suportar tamanho apelo do próprio ego. Facilitando as decepções e frustrações e somando-as, resultam em aflições. Jesus disse que no mundo teríamos aflições, e quando o mundo entra na Igreja, as aflições vêm com ele. Não se pode desvincular o mundo das aflições, onde o mundo estiver estará também as aflições. É fato que a Igreja está no mundo, o por isso teremos aflições imposta pelo mundo. Mas quando o mundo entra na Igreja, as aflições são impostas pelos os que se dizem igreja. É ai que a Igreja se torna decepcionante. Ovelhas são afligidas dentro do aprisco por lobos transvertidos de pastores. Pastores são afligidos – mordidos – dentro do aprisco por lobos transvertidos de ovelhas. Será que já não está na hora de revermos nosso modelo de cultuarmos a Deus? Toda está infra-estrutura se faz necessária para alguém gritar com maior ímpeto que Jesus é o Senhor para a Glória do Deus Pai? Ou estamos gritando com tanta veemência que Jesus é o Senhor para a glória da nossa denominação? A igreja decepciona por deixar de ser o que deveria ser. Não só como lideres, mas também como membros. A verdade é que os líderes que decepcionam são porque estão decepcionados. Seus esforços para galgarem cargos “maiores” parecem ter criado barreiras impedindo a verdadeira devoção. A intimidade com Deus. São trabalhadores dignos de salário, mas que estão recebendo sua recompensa por aqui mesmo. Não sendo capazes de fazer menção da coroa incorruptível que os aguardam na eternidade. E isto é decepcionante por não satisfazer a alma e nem aplacar o desejo de ser bem aceito pela igreja. Os membros que estão decepcionados são os que colocaram suas expectativas em recursos de estruturas terrenas que ruem com o tempo. Objetivando seus anseios pessoais e não buscando o que é dos outros, para oferecer alívios e compaixão com os demais. Por que a igreja tem a tendência de ser decepcionante? Porque temos a tendência de esquecermos que a Bíblia nos ensina a não buscar nossos próprios interesses, mas sim o de outrem; a não ser pedra de tropeço, mas sendo agradável para que muitos sejam salvos(ICor.10:23 a 33). Paz e bem